No submundo da política luminense, a frase “não existe almoço grátis”, de Milton Friedman, ganha um novo sentido. A ex-assessora de comunicação de Paço do Lumiar, fervorosa defensora da ex-prefeita afastada por corrupção, encontrou uma maneira peculiar de beneficiar sua família. Seus filhos, Anacleto, um jovem advogado, e Ana Cecília, sua irmã, nunca precisaram pisar nas dependências da prefeitura para abocanhar mais de 20 mil reais dos cofres públicos mensalmente.
Anacleto e Ana Cecília, ao que parece, encontraram o pote de ouro em meio à turbulenta administração municipal. A mãe, ex-assessora, usou sua influência para garantir que ambos recebessem altos salários sem nunca terem trabalhado efetivamente. Essa prática não apenas fere os princípios da moralidade pública, mas também expõe a fragilidade dos mecanismos de controle interno na gestão municipal de Paço do Lumiar.
A defesa ferrenha da ex-prefeita afastada por parte da ex-assessora agora faz mais sentido. Com mais de 20 mil motivos mensais para justificar sua lealdade, ela mostra que a corrupção e o nepotismo caminham juntos na política local. Este caso de enriquecimento ilícito às custas do erário público é um alerta para a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa e transparente, visando coibir tais práticas que drenam os recursos destinados ao desenvolvimento do município.